domingo, novembro 15

eu nao quiz fazer chover

Eu queria que isso nunca tivesse aconteçido, queria nunca ter sentido isso em momento algum.

Era uma manha normal, meio fria e nublada, eu havia deixaado o colégio pela manha e saido andar por ai com o Stopa. Estava sendo agradavel, mas eu não sabia o rumo que aquela manha tomaria.
Se eu não estou enganada era uma quarta-feira.
Cansamos e nos sentamos em frente ao pequeno shopping recém construido aqui da cidade, foi então que eu e ele começamos a conversar aleatóriamente e por fim chegamos a um assunto que sempre tocamos : "oque aconteçeria se um de nós dois morressemos?"
Como de custume minha resposta não muda : " eu morreria logo em seguida, não tenha duvidas..."
Ele disse que eu precisava supera-lo, que eu tinha uma vida incrivel pela frente, que eu conseguiria.. Eu estava nervosa, como sempre fico ao me imaginar sem ele, eu não esperava aquilo, eu queria poder nunca ter ouvido aaquelas malditas frases que até agora me fazem querer chorar.

Sabe, eu sempre pensei em suicidio, sempre, talvez tenha começado a pensar nisso apartir dos 1O anos de idade, mas eu sempre pensei que começei a viver muito tempo depois disso, então desde sempre penso em suicidio. Já cheguei acreditar realmente que eu faria isso um dia, mas essa ideia era mais vaga por conta de que eu sempre quiz me torturar seja com problemas ou obsessões, suicidio era a segunda ou terceira alternativa caso tudo desse errado mesmo. Por isso nunca senti a sensação de estar presta a cometer o ato em si, ateé aquela manhã.
Eu pensei , eu acreditei que tudo estava ótimo, que ele era feliz comigo, que eu podia faze-lo feliz, e pra mim isso era tudo oque importava , mesmo se eu sempre morasse no fundo da gaveta.
E foi como se ele tivesse destruido tudo isso em mim naquela manhã.

Então ele diz pra mim : " droga, então não vou poder fazer oque havia planejado fazer na sexta feira.."
Eu o encarei, prestes a chorar e sair correndo , "oque?" eu perguntei.
" não se preucupe , eu não vou mais fazer Le, esqueçe! " e entao ele repetiu isso varias vezes até que eu conseguisse falar sem chorar. Eu apenas encostei minha cabeça no peito dele e fiquei..
Será que voce seria capaz de imaginar quantas milhoes de coisas tomaram conta de mim ?
Foi se não o pior, um dos piores sentimentos que ja senti, nem sei qual é seu nome, mas eu senti obrigadamente, eu não queria dizer nada, não queria olhar para ele, não queria sentir o cheiro dele, sequer queria que tivesse começado a chover, pela primeira vez eu odiei a chuva, eu não estava feliz na chuva aquela maldita manhaã.
Eu não queria que ele continuasse a dizer que não faria mais, não queria ouvir a voz dele, eu apenas queria chorar, apenas e unicamente chorar , talvez correr dali e me atirar ao primeiro caminhão que eu avistasse, mas em geral eu apenas queria chorar.
Todos os meus sentimentos felizes, todas as coisas alegres que eu guardei durante todo o tempo com ele , derrepente ficaram murchas, sem som, sem ar.
Todo o meu sangue se derramou naqueles minutos , e continua aqui, derramando sem parar, incessantes como o fogo que nasceu, e a dor que emudeceu sem questionar se eu queria ou não.
Eu sempre soube que ele não é feliz, e que nem todas as gavetas escuras de todo o mundo suportariam seus medos e raceios, mas ... eu queria estar mentindo sobre esse texto, queria nunca ter sentido que é possivel perde-lo, eu queria ter continuado a pensar que tudo estava bem . Mas eu sei o quanto ele se debate todas as noites tentando se mudar ou mesmo espantar aquilo que invade a mente dele fazendo-o lembrar de coisas que deveriam ter sido apagadas e não foram por um simples capricho da vida.
Eu sei pouco, mas o sufiiciente para não querer nada além de. .

eu ainda irei falar muito sobre isso, outra hora.


aconteçer, renascer!

Houve um tempo em que eu nem liguei mais pra toda essa loucura, eu pensei que podia mentir pra mim mesma, mentir pra todas que existem aqui dentro. Mas as pessoas se enganam e iludem tão facilmente.
Mas no fundo, eu acreditei que podia ser feliz , nem lá no fundo da gaveta eu iria ser feliz. E quem sabe um dia sair finalmente de um lugar que não sei onde é, onde fica.

Vou resumir oque houve nesse longo tempo que eu dei a minha fantasia :
- Em primeiro, eu estava inteiramente feliz , mas entao, como se algo queresse esmagar meus sonhos entre os dedos, eu a perdi. May já não pertençe a mim , ela não está aqui para me abraçar todas as manhãs e me contar coisas que eu queria ouvir, já naão posso mais evitar seu choro pelo telefone ou até mesmo esconder meu ódio intenso pelos lugares que ela esteve rindo e chorando no meu ombro. Eu queria poder dizer a ela, que eu realmente quero te-la pra sempre comigo, mas não sei a melhor maneira, ah se eu pudesse traze-la de volta, faze-la parar de se machucar , eu faria.
Tudo isso afetou muito a minha vida, eu já naão sei bem que é Carolayne, já não sei mais se vou conseguir igualar as partes do joogo, e eu não quero falar mais nisso.

Sobre os cortes, já não fazem mais tanto sentido como antes, ainda estão aqui, latejando e me queimando, mas acho que a minha maldita personalidade irá arranjar outra nova obsessão derrepente, sem me avisar ou perguntar.

Eu ainda estou me matando aos poucos, mas de outras formas.
As vezes, eu sei mentir bem.